domingo, 26 de maio de 2013

História enormemente mariquinhas!

Isto só para vos provar que sei escrever parvoíces mariquinhas/fofinhas!
By the way, isso é para português, é a recriação do fim de Baltasar e Blimunda na obra.
Não adormeçam vá, ''kiss na bunda e até segunda''!

(...)
Blimunda não sabia que mais fazer, tinha revistado muitas e muitas terras, andado dias e dias sem parar, passando pelos locais uma, duas, três e quatro vezes, fizesse chuva, sol, bom ou mau tempo, tivesse frio ou calor em demasia, observando o rosto de todos os homens por quem se cruzasse, sempre na esperança de observar algo familiar num deles, porém encontrava apenas caras de desespero, fome, solidão, mas nunca paixão, nunca a paixão que se podia observar no rosto de Baltasar Mateus.
O desespero junto com a vontade de voltar a vê-lo, faziam-na deambular pelas ruas fazendo chamamentos como:
-Baltasar? Meu Baltasar? Onde andas tu que me deixas aqui tão só. - Apesar de não obter resposta, blimunda continua pensando alto - Porém eu não vou desistir eu não vou desistir de tê-lo de novo nos meus braços, nem que tenha que subir montes e descer vales sem fim.
Neste dia especial, teria sido neste mesmo dia, porém à muito anos atrás que Blimunda teria ''encantado'' Baltasar com a sua simplicidade, e este ficado junto dela daí em diante, nomeada ela, de Blimunda Sete- Luas, pelo padre Bartolomeu. Resolveu então falar para as pessoas, mostrar-lhes a sua vida, e o seu desgosto, contar-lhes os longos caminhos que já tinha percorrido. Começou por se aproximar de um ajuntamento de pessoas, sem pedir permissão ou qualquer tipo de comprimento começou a falar:
Eu só quero encontra-lo, quero que todo este sofrimento acabe. - à medida que ela ia falando, mais pessoas a escutavam silenciosamente e com atenção.- Eu preciso de continuar a procurar e a procurar e a procurar, eu preciso do sol na minha vida, do meu sol. Porque na verdade ninguém pode viver sem sol, quem é que vos aqueceria? onde iriam vocês buscar energia para continuar a lutar contra esta vida injusta?- fazendo uma pausa de momentos para se recompor, continua - Já à muitos anos que o faço, à muitos anos que percorro estes caminhos sem um pouco de sol, de luz, de alegria, o que me resta é apenas uma pequena pontinha de esperança, de esperança de um dia encontrá-lo. Já imaginei esse momento vezes sem conta, e todas elas diferentes umas das outras.- À medida que vai falando, sente que não se pode virar para um dos lados, não percebe o porque, só o sente. Ela estava em jejum, visto que só lhe restava um pouco de pão, no entanto faz uma pequena pausa na sua história e põe essa porção de alimento na boca. Assim que o faz, olha para o seu lado e um homem destaca-se perante os outros. Blimunda reconhecia aquele homem, porém tinha consigo um olhar perdido, por debaixo de toda aquela roupa e barba descuidadas. Blimunda fitou-o com o seu olhar, ela conseguiu ver através dos olhos daquele homem, toda a claridade, a força, a vontade, as memórias a voltar à sua vida, apenas com uma troca de olhares. Blimunda, nesse momento percebeu tudo, não precisava de nenhuma explicação. Com um brilho especial nos olhos e em todo o seu corpo, o homem perdido pergunta: Blimunda? És mesmo tu? Ela apenas esboça um sorriso, um sorriso por que esperava à mais de nove anos e, com lágrimas a escorrerem pela cara a baixo, apenas, diz: Esperei tanto tempo por te ouvir dizer isso meu sol!


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